TERREMOTO ATINGE COSTA BRASILEIRA NESSE SÁBADO DE 6.6 HOUVE RISCO DE TSUNAMI.
Após os recentes
acontecimentos na Ásia, especificamente em Myanmar, que também impactaram a
Tailândia – um país onde terremotos são extremamente raros e nunca foram
oficialmente registrados –, outro evento sísmico significativo ocorreu. Neste
sábado, 28 de março de 2025, às 14h17, no horário de Brasília, um terremoto de
magnitude 6,6 foi detectado no Oceano Atlântico, próximo à costa brasileira. O
fenômeno foi registrado por diversas estações sismológicas ao redor do mundo,
incluindo o Serviço Geológico dos Estados Unidos (USGS) e o Observatório
Sismológico da Universidade de Brasília (OBSIS).
O epicentro foi
localizado na Dorsal Mesoatlântica, a aproximadamente 943 quilômetros a
nordeste de Natal, no estado do Rio Grande do Norte. Essa região é conhecida
por sua atividade tectônica. O tremor ocorreu a uma profundidade de apenas 6,4
quilômetros, caracterizando-o como um terremoto raso. Tremores dessa natureza
costumam liberar mais energia na superfície, mas, neste caso, a grande
distância de áreas habitadas reduziu qualquer impacto direto. Não houve relatos
de tremores sentidos em Fernando de Noronha ou no litoral do Nordeste, o que
trouxe alívio à população.
A Dorsal
Mesoatlântica é uma cadeia de montanhas submarinas que marca a fronteira entre
as placas tectônicas Sul-Americana e Africana. Essas placas estão em um
processo contínuo de afastamento, conhecido como divergência tectônica,
resultando em abalos sísmicos frequentes. Esse movimento impulsiona a expansão
do fundo oceânico e a formação de novas crostas terrestres.
O evento foi
monitorado em tempo real pela Rede Sismográfica Brasileira (RSBR), que opera
dezenas de estações pelo país. Os dados apontam que o terremoto teve
características de um abalo transcorrente, ou seja, com deslocamento horizontal
das placas, reduzindo significativamente o risco de tsunamis. Especialistas
enfatizaram que a localização remota do epicentro foi crucial para evitar
consequências severas.
Apesar de sua
magnitude expressiva, este terremoto não é um caso isolado. A região da Dorsal
Mesoatlântica já registrou eventos similares, como o tremor de magnitude 6,9 em
2020, ocorrido a cerca de 816 quilômetros de Fernando de Noronha. Esses
episódios reforçam a necessidade de monitoramento contínuo para compreender
melhor a dinâmica geológica do Atlântico.
O terremoto de 28
de março de 2025 ocorreu devido ao movimento das placas tectônicas que formam a
crosta terrestre. No caso da Dorsal Mesoatlântica, a separação entre as placas
Sul-Americana e Africana acontece a uma taxa de poucos centímetros por ano.
Essa movimentação gera tensões no fundo oceânico, que eventualmente são
liberadas na forma de abalos sísmicos.
A magnitude 6,6
indica uma liberação significativa de energia, equivalente a milhares de
toneladas de TNT. A profundidade de 6,4 quilômetros sugere que a ruptura
ocorreu próxima à superfície do leito oceânico. Esse tipo de evento é comum em
dorsais oceânicas, onde a crosta terrestre é mais fina e constantemente
renovada por atividade vulcânica.
Embora o Brasil
seja uma região de baixa sismicidade por estar no centro da Placa
Sul-Americana, tremores no Atlântico demonstram que até mesmo áreas afastadas
das zonas de subducção podem registrar eventos notáveis. O afastamento das
placas vizinhas gera pressão suficiente para desencadear sismos detectáveis.
Geólogos explicam
que a Dorsal Mesoatlântica é uma das maiores cadeias montanhosas do planeta,
estendendo-se por mais de 16 mil quilômetros. Sua estrutura repleta de falhas e
fraturas facilita o deslizamento de rochas, resultando em terremotos. O evento
de 2025 provavelmente foi causado pela liberação de energia acumulada ao longo
dos anos.
A Rede
Sismográfica Brasileira enfatizou que esses tremores fazem parte de um processo
natural e contínuo. Embora o Brasil esteja protegido de terremotos devastadores
em terra firme, eventos oceânicos como este destacam a necessidade do
monitoramento constante da atividade sísmica global.
Uma das principais
preocupações após o terremoto foi a possibilidade de um tsunami atingir a costa
brasileira. No entanto, especialistas descartaram essa hipótese rapidamente.
Para que um tsunami ocorra, é necessário um deslocamento vertical significativo
do fundo oceânico, algo que não foi observado nesse evento. O tremor foi
predominantemente horizontal, típico de falhas transcorrentes, que não geram
grandes deslocamentos de água.
Além disso, a
distância do epicentro, superior a 900 quilômetros da costa, dificultaria a
propagação de ondas destrutivas. O USGS e a RSBR confirmaram que nenhum alerta
de tsunami foi emitido. Em Fernando de Noronha, a localidade habitada mais
próxima do epicentro, a aproximadamente 586 quilômetros, não houve qualquer
alteração no nível do mar ou relatos de ondas anômalas.
O terremoto de magnitude 6,6 no Atlântico não causou impactos diretos no Brasil devido à sua localização remota. A RSBR desempenhou um papel essencial na análise do tremor, com mais de 90 estações espalhadas pelo país. Os dados coletados permitem um melhor entendimento da sismicidade na região e aprimoram os modelos geológicos futuros.
Instagram: @djfmnoticias
Youtube: @djfmnoticias
Tweet: @djfmnoticiasBR
EARTHQUAKE HITS
BRAZILIAN COAST THIS SATURDAY; MAGNITUDE 6.6 RAISES TSUNAMI RISK.
Following recent events
in Asia, particularly in Myanmar, which also affected Thailand—a country where
earthquakes are extremely rare and have never been officially recorded—another
significant seismic event has taken place. On Saturday, March 28, 2025, at 2:17
PM Brasília time, a magnitude 6.6 earthquake was detected in the Atlantic
Ocean, near the Brazilian coast. The event was recorded by several
seismological stations worldwide, including the United States Geological Survey
(USGS) and the Seismological Observatory of the University of Brasília (OBSIS).
The epicenter was
located in the Mid-Atlantic Ridge, approximately 943 kilometers northeast of
Natal, in the state of Rio Grande do Norte. This region is known for its
tectonic activity. The earthquake occurred at a depth of only 6.4 kilometers,
classifying it as a shallow event. Such tremors typically release more energy
at the surface, but in this case, the significant distance from inhabited areas
minimized any direct impact. There were no reports of tremors felt in Fernando
de Noronha or along the northeastern coastline, which reassured the local
population.
The Mid-Atlantic Ridge
is an underwater mountain range that marks the boundary between the South
American and African tectonic plates. These plates are continuously moving
apart, a process known as tectonic divergence, which leads to frequent seismic
activity. This movement drives the expansion of the ocean floor and the
formation of new Earth's crust.
The event was monitored
in real-time by the Brazilian Seismographic Network (RSBR), which operates
dozens of stations across the country. Data indicates that the earthquake
exhibited characteristics of a strike-slip fault, meaning horizontal plate
displacement, significantly reducing the risk of tsunamis.
Despite its
considerable magnitude, this earthquake is not an isolated case. The
Mid-Atlantic Ridge has recorded similar events in the past, such as a magnitude
6.9 tremor in 2020, about 816 kilometers from Fernando de Noronha. These
occurrences highlight the importance of continuous monitoring to better
understand the Atlantic's geological dynamics.
The March 28, 2025,
earthquake serves as a reminder that Earth is constantly changing, even in
seemingly stable regions. Understanding these natural processes through
scientific research is essential to better prepare for future events.
Instagram: @djfmnoticias
Youtube: @djfmnoticias
Tweet: @djfmnoticiasBR
Comentários
Postar um comentário
Comentário Post